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Comunicação de Risco

Heroína molécula História

O que é a Heroína e como é usada?[1]

A Heroína é uma droga ilegal, altamente viciante, que é obtida por semi-síntese através da morfina.

É atualmente consumida por milhões de toxicodependentes pelo mundo, que são incapazes de ultrapassar o impulso devastador de continuarem a consumir esta droga a cada dia das suas vidas — sabendo que se pararem, irão enfrentar o horror da abstinência.

Mecanismo e Farmacocinética

Como é que a Heroína atua no nosso organismo?[2]

O organismo humano possui várias substâncias químicas denominadas neurotransmissores, que se ligam a inúmeros recetores que existem em todo o organismo. Estes são responsáveis por regular a dor, a libertação de hormonas e outros compostos químicos importantes, que contribuem para o bom funcionamento do corpo.

A Heroína liga-se a recetores opióides específicos presentes no cérebro, chamados recetores µ. Quando ocorre esta ligação estes recetores libertam dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de bem-estar.

Efeitos e Sintomas

Quais os efeitos Heroína? [3]

O consumo de Heroína, de modo prolongado, é conhecido por causar dois grandes problemas a longo prazo: a dependência, resultante de um vício difícil de controlar, e a prisão de ventre.

O risco mais comum de partilha de efeitos secundários associados à injeção de Heroína é o uso de agulhas ou seringas. Esta utilização levanta várias questões, como o risco de contrair doenças como HIV e Hepatite pela partilha de agulhas entre os toxicodependentes.

A Heroína que é “comercializada” não é 100% pura. Para consumo esta substância é altamente adulterada e estas modificações também têm o potencial de conduzir a várias doenças e desordens.

A leucoencefalopatia tóxica, causada por degradação da mielina no cérebro, é a desordem mais conhecida causada por esta substância.

A Heroína também pode levar a sintomas como náuseas e vómitos. A overdose por Heroína é caraterizada por causar insuficiência respiratória e possível morte por sufocação da vítima inconsciente durante o próprio vómito. Os valores letais dependerão das caraterísticas de cada pessoa, no entanto o intervalo de dose letal conhecido é entre 75-600 mg.[1]

Efeitos nas grávidas

Quais os efeitos que a heroína pode provocar na grávida?[4]

Durante a gravidez, o consumo de Heroína pode originar diversos distúrbios graves no desenvolvimento do bebé, nomeadamente o síndrome de abstinência neonatal (NAS). O NAS ocorre no momento em que a Heroína ultrapassa a barreira placentária, provocando dependência do feto por esta substância.

O choro excessivo, febre, convulsões, dificuldade em aumentar o peso, diarreia, vómitos e, em última instância, morte, são os sintomas mais comuns observados no recém-nascido com esta patologia. Após diagnóstico do NAS, estes sintomas poderão ser aliviados com a administração de morfina.

O que acontece numa overdose de Heroína?[5]

Um dos grandes problemas associados ao consumo de Heroína relaciona-se com a overdose  desta substância, que poderá causar efeitos secundários tão nefastos que, em último caso, podem levar o consumidor até à morte. Devido ao aumento de mortes, associadas ao abuso desta droga, tornou-se necessário o estudo e aumento da prescrição de possíveis fármacos com poder de reverter a overdose.

A Naloxona é uma antagonista dos recetores opióides e é, atualmente, considerado um “antidoto” da Heroína, na medida que reverte os sinais associados a uma overdose provocada pelo consumo de opióides. Este fármaco ao ligar-se rapidamente aos recetores opióides, evita a ação da Heroína e faz com que estes não sejam ativados e, consequentemente, os efeitos não são observados.

Tratamentos Associações

Onde posso procurar ajuda?

Referências:

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